LIMITE DOS PREÇOS
Boi gordo sobe, mas não ultrapassa o patamar de R$ 300 a arroba
Caso o auxílio emergencial seja prorrogado, o consumo de carne bovina no país pode voltara crescer, avalia analista
O mercado físico do boi gordo iniciou a semana apresentando reajuste dos preços em determinadas regiões do país. Segundo o consultor de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados no geral é restrita, com os frigoríficos encontrando grande dificuldade em compor suas escalas de abate. “A dinâmica de oferta tende a mudar apenas em meados de março, quando haverá um volume mais incisivo de animais de pasto aptos ao abate. Ou seja, tem mais um período complicado em relação ao posicionamento das escalas de abate”, aponta.
Para Iglesias, a demanda doméstica permanece desaquecida, o que é bastante usual dadas as circunstâncias macroeconômicas nesse início de ano. Caso haja a confirmação de uma nova rodada de estímulos internos na forma de auxílio emergencial é possível que novamente ocorram avanços em relação ao consumo de base, observa.
Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou em R$ 300, no comparativo com R$ 298/299 de sexta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço estável de R$ 290. Em Dourados (MS), a arroba atingiu R$ 289, contra R$ 287. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 283, contra R$ 280. Em Uberaba, Minas Gerais, preços avançaram de R$ 295 para R$ 297 a arroba.
Atacado
O mercado atacadista volta a se deparar com pontual reação em seus preços. De qualquer maneira, segundo Iglesias, há uma grande dificuldade em repassar o adicional de custos ao longo da cadeia produtiva, em um cenário em que o consumidor médio permanece descapitalizado. Somado a isso, os números de exportação ficaram abaixo do esperado.
O corte traseiro ainda é precificado a R$ 20,80, por quilo. A ponta de agulha foi precificada de R$ 15,60, por quilo, alta de R$ 0,10. Já o corte dianteiro foi cotado a R$ 15,60, por quilo, alta de R$ 0,10.