SUÍNO

Com alta da carne bovina, produto suíno tem mais saída no mercado, diz ABCS

Produção de carne de porco continua a crescer em 2021

Por Janaína Barros
22 de fevereiro de 2021 às 10h34

Foto-Gleilson-Miranda-Secom/Ac

Mais uma vez, a carne suína é apontada como a proteína animal que mais cresce no Brasil. A conclusão pode ser observada por meio de dados estudados do quarto trimestre de 2020, publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) em fevereiro, que mostram o crescimento na produção de carne suína no ano passado, com elevação de 7,42% em relação à 2019 em peso de carcaças.

“Os dados do instituto concretizam a expansão do alimento por mais um ano consecutivo”, destaca, em comunicado, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS).

Ao analisar os dados do IBGE a entidade ainda observa o aumento do consumo doméstico, que representa cerca de 80% do destino da carne suína brasileira. Com o preço do boi gordo  elevado, a carne de porco passou a ser presença  constante na mesa do consumidor, que desde o ano passado, período atípico, sofre com reajustes nos preços de combustível, gás e alimentos.

Como a ABCS havia sido alertado no final do ano passado, tradicionalmente, o início do ano é marcado pela queda dos preços do suíno em relação ao último trimestre do ano anterior. A entidade diz que a queda nos preços pagos ao produtor que já vinha acontecendo em dezembro, atravessou janeiro e se estendeu até a primeira semana de fevereiro.

Embora as exportações de carne suína in natura tenham crescido quase 40% em 2020 em relação ao ano anterior, batendo novo recorde e ultrapassando 900 mil toneladas, é sabido que nos primeiros meses do ano a China reduz as importações, e como a dependência do Brasil em relação a este mercado cresceu, a redução dos embarques determinou um aumento significativo na oferta doméstica. Os números de janeiro de 2021 confirmam isso, com um pouco menos de 56 mil toneladas de carne suína in natura exportadas, 16,5 mil toneladas a menos que o mês de dezembro de 2020 e 3,6 mil toneladas a menos que janeiro de 2019.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) acredita que as exportações de carne suína do Brasil podem aumentar em até 10% em relação ao ano passado. Com relação à produção brasileira de carne suína em 2021, a ABPA projeta um crescimento de 3,5%, enquanto o Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) e Rabobank estimam algo em torno de 3,6 e 2,5%, respectivamente.

Fonte: Agência Brasil