ANÁLISE

Carne de frango deve continuar muito competitiva em 2021, diz Cepea

Com o consumidor mais descapitalizado, a tendência é que a demanda se volte às proteínas mais baratas, como a da ave

Por Estadão Conteúdo
08 de janeiro de 2021 às 15h34
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Exportações de carne de frango devem também seguir aquecidas, diz Cepea. Foto: Paola Cuenca/Canal Rural

A diferença de preços entre a carne de frango e as carcaças bovina e suína deve continuar elevada em 2021, após bater recorde no ano passado, de acordo com o Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea).

“A retomada do crescimento econômico tende a ocorrer de forma gradual, e, com isso, o poder de compra dos consumidores deve continuar enfraquecido, o que, por sua vez, pode favorecer as vendas de carne de origem avícola, que é negociada a valores mais baixos que os das concorrentes”, disse o Cepea em relatório.

No acumulado do ano passado, enquanto as carnes bovina e suína se valorizaram expressivos 35% e 32%, respectivamente, a proteína de frango avançou 9%.

Produção e exportação de carne de frango

Segundo o Cepea, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) estima a produção nacional de carne de frango em 2021 em 14,5 milhões de toneladas, aumento de 5,5% ante o previsto para 2020. Já o consumo per capita deve crescer 4,4%, para 47 quilos.

O Cepea destaca que as exportações de proteína de frango para a China devem continuar crescendo em 2021, apesar do empenho do país asiático em aumentar sua produção interna. O Japão, terceiro principal destino para a carne de frango brasileira e sede dos Jogos Olímpicos de 2021, também deve elevar suas compras, disse o Cepea.