PREÇO SEGUE ELEVADO

Em alta desde o início do ano, arroba é negociada a R$ 280

A oferta de animais não deve avançar no curto prazo, devido à estiagem que atrasou o desenvolvimento do rebanho, diz analista

Por Agência Safras
11 de janeiro de 2021 às 19h39

Foto: Gisele Rosso/Embrapa Pecuária Sudeste

O mercado físico de boi gordo teve preços de estáveis a mais altos nesta segunda-feira. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o quadro de oferta segue muito baixo, fator primordial que em dando sustentação aos preços desde a virada do ano.

“No geral os frigoríficos ainda operam com escalas de abate encurtadas, posicionadas entre dois e três dias úteis. O volume de animais ofertados não deve avançar no curto prazo, consequência da estiagem prolongada que atrasou o desenvolvimento do rebanho extensivo. A tendência é que os animais de safra estejam aptos ao abate apenas em meados de março”, diz Iglesias.

Já como limitador de movimentos mais agressivos de alta, ainda segue atuando a demanda enfraquecida de carne bovina ao longo do mês de janeiro. “O consumidor médio está descapitalizado, avaliando a incidência de diversas despesas, a exemplo do IPVA, IPTU e a compra de material escolar. No entanto, a demanda externa iniciou o ano de maneira positiva, com um bom fluxo de embarques”, assinala Iglesias.

Em São Paulo, Capital, a arroba do boi ficou a R$ 280, estável. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 270, também inalterado. Em Dourados (MS), a arroba subiu de R$ 268 para R$ 269. Em Cuiabá, a arroba ficou indicada em R$ 258, contra R$ 256. Em Uberaba, Minas Gerais, o valor registrado foi de R$ 275, inalterada.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina voltaram a subir. Conforme Iglesias, a necessidade de reposição das redes varejistas resultou em uma nova rodada de reajustes, apesar do cenário de descapitalização do consumidor médio, agravada pelo término das parcelas do auxílio emergencial.

Com isso, o corte traseiro passou de R$ 20,50 o quilo para R$ 20,80 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 15,50 o quilo, contra R$ 14,50 o quilo na sexta-feira, enquanto a ponta de agulha passou de R$ 14,70 o quilo para R$ 15,50 o quilo.