MERCADO INTERNACIONAL

Mais da metade das exportações de carnes suína e bovina foram para a China em 2020

País asiático puxou o crescimento dos embarques dessas proteínas. A suína avançou 37% e a bovina quase 10%

Por José Florentino, de São Paulo
09 de janeiro de 2021 às 14h18

A China foi a principal compradora das proteínas brasileiras em 2020. De acordo com dados do Comex Stat, sistema do Ministério da Economia, só país asiático – sem contar Hong Kong – respondeu por 55% das compras de carne suína, 50% das da proteína bovina e 17% das de carne de frango.

Carne suína

O Brasil exportou 901,1 mil de toneladas de carne suína, alta de 37,2% em relação a 2019, quando foram embarcadas 656,99 mil toneladas. A receita foi 42,5% superior, passando de US$ 1,487 bilhão para US$ 2,12 bilhões.

Como mencionado, os chineses compraram mais da metade desse total, cerca de 498 mil toneladas, pagando US$ 1,231 bilhão. Hong Kong, ilha que busca independência da China, comprou outras 110 milhões de toneladas, gerando receita de US$ 238 milhões. Em terceiro lugar, vem Cingapura, que adquiriu 52,122 mil toneladas por US$ 126,125 milhões.

Carne bovina

As exportações de carne bovina fresca, resfriada ou congelada cresceram 9,9% em volume, somando 1,724 milhão de toneladas em 2020, contra 1,569 milhão de toneladas no ano anterior. Em receita, a alta foi de 13,8%, chegando a US$ 7,446 bilhões. No ano passado, os embarques renderam US$ 6,546 bilhões.

A China, novamente, é a principal compradora, tendo adquirido 868 mil toneladas por US$ 4,037 bilhões. Na sequência, Hong Kong, com 208 mil toneladas e US$ 811 milhões, e Egito, com 117 mil toneladas e US$ 394 milhões.

Frango

Na contramão das outras proteínas, os embarques de carne de frango recuaram em 2020, cerca de 1,2% em volume. No ano passado, o Brasil exportou 3,94 milhões de toneladas, sendo que em 2019, cerca de 3,989 tinham sido enviadas ao exterior. A receita também caiu, e ainda mais forte: 14,4%, de US$ 6,487 bilhões para US$ 5,554 bilhões.

Chineses lideram nas compras, tendo adquirido 672,7 mil toneladas por US$ 1,269 bilhão. A Arábia Saudita aparece na sequência, com 468,9 mil toneladas e US$ 688 milhões. Completa o pódio o Japão, com 401 mil toneladas compradas, gerando receita de US$ 657,9 milhões ao Brasil.