DOENÇA

Peste suína clássica é confirmada no estado do Ceará

Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) investiga a origem da doença que não causa risco à saúde humana

Por Redação Canal do Criador
14 de outubro de 2021 às 09h00

O caso foi registrado em uma criação de suínos para subsistência, na cidade de Marco, interior do estado do Ceará. Nove animais da propriedade foram afetados, oito deles morreram e um foi sacrificado. A Organização Mundial de Saúde Animal (OIE),  afirmou a existência da doença por meio de diagnóstico realizado pelo Laboratório Federal de Defesa Agropecuária em Pedro Leopoldo, Minas Gerais. 

Por não ser zona livre de peste suína clássica, o Ceará tem restrições para a circulação de animais e produtos entre o Estado e áreas consideradas livres da doença. “As investigações ainda estão em andamento para identificar a origem e ligações epidemiológicas. As medidas de erradicação serão implementadas com abate dos animais existentes na propriedade e contatos dentro da mesma unidade epidemiológica”, disse o governo à OIE.

O Mapa ainda reforçou que “conforme as estratégias para erradicação de focos de PSC adotadas no país, será realizada a eutanásia dos suínos envolvidos e a limpeza e desinfecção na propriedade, além de investigações para rastreamento de provável origem e vínculos epidemiológicos”.

A peste suína clássica é diferente da peste suína africana, sendo menos grave. A doença também não é transmitida para seres humanos. É altamente infecciosa, que apresenta elevada taxa de contaminação e é, com frequência, mortal aos suínos. Também conhecida como febre ou cólera suína, a PSC afeta suínos domésticos e selvagens. A enfermidade é causada por um vírus RNA envelopado que pertence à família Flaviviridae.

 

Fora da zona livre da doença  

O Estado cearense fica fora da zona reconhecida como livre da doença pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE). Segundo o Mapa, a zona livre da peste suína clássica concentra mais de 95% de toda a indústria e 100% da exportação de suínos brasileira.  

Ela é integrada por 16 estados (Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Rio de Janeiro, Espírito Santo, Bahia, Sergipe, Tocantins, Pará, Rondônia e Acre), além do Distrito Federal. Nesses locais, o último foco da doença foi detectado em 1998. 

Atualmente, a zona não livre da doença é formada pelos Estados de Alagoas, Amapá, Amazonas (exceto a região pertencente à zona livre), Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

 

Fonte: Mapa