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MERCADO PECUÁRIO

Preço do boi gordo se mantém estável após altas e abates voltam a crescer no país

Após ajustes recentes, cotações do boi gordo permanecem firmes na maioria das praças; setembro registrou alta nos abates sob inspeção federal

Por Cássia Carolina
10 de outubro de 2025 às 11h58
Preço do boi gordo se mantém estável após altas e abates voltam a crescer no país

FOTO: Divulgação l Scot Consultoria

O preço do boi gordo manteve-se estável na maior parte do país nesta quinta-feira (9/10), após as altas registradas no início da semana. De acordo com levantamento da Scot Consultoria, das 33 praças monitoradas, 29 não apresentaram alterações nas cotações, indicando um momento de equilíbrio no mercado pecuário.

Entre as regiões que ainda registraram avanço nos preços estão Três Lagoas (MS), o oeste da Bahia, Paragominas (PA) e o Rio de Janeiro. Nas praças de Araçatuba (SP) e Barretos (SP), referências para o mercado, o preço do boi gordo seguiu em R$ 305 por arroba para o pagamento a prazo. As demais categorias, como vaca, novilha e “boi China”, também permaneceram sem variação.

Segundo a Scot, as escalas de abate das indústrias paulistas haviam encurtado na semana anterior, o que levou os frigoríficos a aumentarem as ofertas de compra e garantirem um volume maior de boiadas. O movimento resultou em um novo alongamento das escalas e, consequentemente, na atual fase de estabilidade das cotações.

Já a Agrifatto aponta que, após o recuo observado em agosto, o número de abates sob inspeção federal voltou a crescer em setembro. Foram 2,64 milhões de cabeças abatidas, um aumento de 6,95% em relação ao mês anterior, marcando o maior volume já registrado para o período.

O destaque ficou para os machos, que somaram 1,70 milhão de cabeças, alta de 5,89% e o maior patamar desde agosto de 2024. Entre os Estados que mais contribuíram para o avanço estão Rio Grande do Sul (5,9%), São Paulo (4,5%) e Mato Grosso (3,9%).

Apesar do crescimento nos abates, a participação das fêmeas no total processado subiu para 34,5%, avanço de 3,17 pontos percentuais em relação a agosto, o menor patamar desde dezembro.