Recuperar pastagens degradadas é o primeiro passo para aumentar a produtividade na pecuária
Programa Nacional e novas tecnologias impulsionam a recuperação de pastagens degradadas, elevando a rentabilidade e a sustentabilidade da pecuária
Por Cássia Carolina
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Alavancar a produtividade e a rentabilidade da pecuária brasileira começa pela recuperação de pastagens degradadas, um desafio que se transforma em oportunidade para o produtor que aposta em manejo eficiente, tecnologia e sustentabilidade.
Recentemente, o Governo Federal publicou a resolução que regulamenta o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas em Sistemas de Produção Agropecuários e Florestais Sustentáveis (PNCPD). A iniciativa pode movimentar até US$ 1 bilhão e gerar R$ 10 bilhões em financiamentos, segundo estimativas do projeto.
De acordo com dados oficiais, cerca de 159 milhões de hectares do território nacional estão ocupados por pastagens, e 78% apresentam algum nível de degradação. Para Thiago Maschietto, CEO da SBS Green Seeds, o PNCPD é peça-chave para o cumprimento das metas brasileiras de agricultura de baixa emissão de carbono.
A recuperação de áreas degradadas traz benefícios diretos ao produtor rural. Pastos restaurados permitem maior lotação animal, melhor ganho de peso e aumento na produção de grãos e fibras em menor espaço. Além disso, sistemas integrados como a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) diversificam a renda e ampliam as oportunidades de negócio.
O impacto também é social. Pequenos e médios pecuaristas passam a ter acesso a crédito e assistência técnica, o que fortalece a permanência do produtor no campo e gera mais empregos qualificados. “Outro benefício indiscutível é o ambiental, com a redução do desmatamento, o sequestro de carbono e a conservação dos recursos naturais”, completa Maschietto.
Solo: a base da produtividade
Para o engenheiro agrônomo e doutor em Zootecnia Hemython Luis Bandeira do Nascimento, gerente de P&D e Inovação da SBS Green Seeds, o solo é o ponto de partida para o sucesso da recuperação de pastagens degradadas.
“O pecuarista que não se preocupa com a base da produção, o pasto, está perdendo dinheiro, pois o solo é o seu maior patrimônio”, destaca.
Um solo saudável garante retenção de água, ciclagem de nutrientes e biodiversidade, reduzindo a erosão e aumentando a produtividade a longo prazo. Cuidar da terra é, portanto, investir em sustentabilidade e rentabilidade.
Tecnologia a favor do produtor
À medida que os nutrientes são extraídos e não repostos, o pasto perde vigor e produtividade. Para reverter esse cenário, a tecnologia é a principal aliada.
“Temos forrageiras com alto potencial de crescimento e raízes profundas, adaptadas às diferentes condições de clima e solo do Brasil. É possível fazer combinações entre espécies que aceleram a recuperação, melhoram a ciclagem de nutrientes e estimulam a atividade microbiana”, explica Nascimento.
Além disso, o manejo correto e o planejamento eficiente podem transformar o custo da reforma em investimento de retorno rápido. “Podemos, por exemplo, preparar o solo, plantar soja ou milho e, após a colheita, semear o capim. Assim, o produtor reforma a pastagem praticamente a custo zero”, exemplifica.
FOTO: Divulgação l SBS Green Seeds
Sementes de alta performance
Entre as soluções indicadas pela SBS Green Seeds, estão as variedades de Brachiaria brizantha, como marandu, piatã e xaraés, adaptadas a diferentes tipos de solo e clima do País.
“O diferencial da SBS está na qualidade da semente, com alta pureza e germinação, além do tratamento com revestimento, fungicidas e inseticidas, garantindo plântulas mais saudáveis e produtivas”, afirma o gerente de P&D.
Essas tecnologias não apenas aumentam a produtividade por hectare, como também contribuem para o sequestro de carbono e a preservação ambiental, consolidando a recuperação de pastagens degradadas como um dos pilares da pecuária moderna e sustentável.