Evitar que se compre gato por lebre. É esse um dos trabalhos do Instituto de Zootecnia (IZ-APTA), da Secretaria de Agricultura e Abastecimento do Estado de São Paulo, para os consumidores e entidades ligadas à produção de leite e derivados do tipo A2A2 e de búfala. A metodologia que identifica fraudes nesses produtos foi desenvolvida de forma inédita pelo IZ e esta é uma das entregas tecnológicas do Instituto ao setor produtivo neste ano.
A disponibilização do método faz parte do programa de Entregas Tecnológicas do Governo do Estado de São Paulo. Até 2022, os seis Institutos e 11 Polos Regionais de pesquisas ligados à Agência Paulista de Tecnologia dos Agronegócios (APTA), da Secretaria, disponibilizarão 150 tecnologias a toda a cadeia de produção do agro. Neste ano, a meta é disponibilizar 50 tecnologias na área de agricultura, pecuária, pesca e aquicultura, economia, processamento de alimentos e sanidade.
De acordo com Aníbal Eugênio Vercesi Filho, a metodologia de trabalho do IZ possibilita identificar a adição de leite A1A1 ou A1A2 em leite e derivados vendidos como A2A2 e adição de leite de vacas em leite de búfalas, principalmente voltado para fabricação de produtos lácteos, como queijos. Com isso, ganham as empresas que beneficiam os produtos e os consumidores que podem ter a confiança de estarem consumindo aquilo que compraram, sem nenhum tipo de fraude. Os trabalhos científicos do IZ com as novas metodologias foram publicados nos periódicos internacionais Food Chemistry e International Dairy Journal.