26 de março de 2021 às 19h15

Boi gordo: mesmo com vendas menores, arroba mantém alta no preço

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta sexta-feira, 26, em mais um dia de
inexpressivo fluxo de negócios. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, a oferta de animais terminados permanece restrita em grande parte do país, e este é “sem dúvida” o principal ponto para
justificar o comportamento dos preços nas últimas semanas.

“A tendência é que mesmo durante o mês de abril não haja significativo avanço do volume ofertado, ou seja, o mercado terá de conviver com um período prolongado de restrição de oferta.”, assinala Iglesias.

A demanda doméstica de carne bovina segue como grande contraponto, avaliando todas as dificuldades macroeconômicas previstas para o ano corrente. A necessidade de medidas ainda mais severas de isolamento social influencia no processo de retomada da economia. Esse tipo de ambiente reforça a tendência de consumo de proteínas mais acessíveis, que causem um menor impacto na renda média, portanto o consumidor médio seguirá optando pela carne de frango.

Em São Paulo, Capital, a referência para a arroba do boi ficou a R$ 316, ante R$ 315 – R$ 316 na quinta-feira. Em Goiânia (GO), a arroba teve preço de R$ 300, inalterado. Em Dourados (MS), a arroba foi indicada em R$ 305, estável. O valor também permaneceu inalterado em Cuiabá,  com a arroba em R$ 303. Em Uberaba, Minas Gerais, preços a R$ 310, ante R$ 309 – R$ 310 a arroba.

Atacado

No mercado atacadista, os preços da carne bovina ficaram de estáveis a mais altos. Conforme Iglesias, a tendência de curto prazo remete a movimentos de alta concentrados em cortes menos nobres, avaliando a extensão das medidas
de distanciamento social em muitos estados, limitando importantes setores demandantes encabeçados por restaurantes, bares e outros estabelecimentos. O eventual anúncio do auxílio emergencial teria capacidade para melhorar o consumo de uma parcela da população, no entanto essa demanda se concentraria em proteínas mais acessíveis

Com isso, o corte traseiro seguiu em R$ 20,50 o quilo. O corte dianteiro teve preço de R$ 17,30 o quilo, e a ponta de agulha subiu de R$ 16,50 o quilo para R$ 17 o quilo.

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