02 de dezembro de 2021 às 09h45

Índice de Preços de Alimentos da FAO atinge nível mais alto em 10 anos

O Índice de Preços de Alimentos da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) alcançou média de 134,4 pontos em novembro, alta de 1,6 pontos (1,2%) ante outubro e 28,8 pontos (27,3%) em comparação com o mesmo mês de 2020.

O resultado mensal, segundo a FAO, marcou o quarto aumento mensal consecutivo, colocando o índice em seu nível mais alto desde junho de 2011. O Índice de Preços de cereais e laticínios subiu significativamente, seguido de açúcar, enquanto o subíndice de carnes e óleos vegetais caiu ligeiramente em relação ao mês anterior.

O subíndice de preços dos Cereais registrou média de 141,5 pontos em novembro, alta de 4,3 pontos (3,1%) ante outubro e 26,6 pontos (23,2%) acima do verificado em outubro de 2020. De acordo com a organização, entre os principais cereais, os preços internacionais do trigo subiram pelo quinto mês consecutivo, alcançando o nível mais elevado desde maio de 2011. “A alta é motivada pela forte demanda em meio à oferta restrita, especialmente de trigo de alta qualidade entre os principais exportadores”, destacou a FAO. As chuvas recentes na Austrália podem ter reduzido a qualidade do cereal, o que também causa incerteza sobre o grão no país. Além disso, a dúvida em relação às possíveis mudanças nas medidas de exportação na Federação Russa também forneceram suporte.

trigo lavoura cereais de inverno, fao

Foto: Daniel Popov

As cotações da cevada subiram em novembro, impulsionadas pela oferta restrita e pelos efeitos colaterais dos mercados de trigo. “Os preços de exportação do milho subiram ligeiramente em novembro, recebendo suporte do forte ritmo de vendas da Argentina, Brasil e Ucrânia, enquanto a pressão sazonal de oferta limitou os preços de exportação dos Estados Unidos”, destacou a entidade. Em contraste, os preços internacionais do arroz permaneceram estáveis no mês.

O levantamento mensal da FAO também apontou que o subíndice de preços dos Óleos Vegetais registrou média de 184,6 pontos em novembro, uma queda marginal de 0,3 pontos (0,2%) em comparação com outubro, quando marcou um recorde histórico. “A ligeira redução refletiu valores um pouco mais baixos para os óleos de soja e canola, enquanto as cotações do óleo de palma permaneceram praticamente inalteradas”, apontou a FAO.

As cotações internacionais do óleo de palma se mantiveram firmes em novembro, com a pressão baixista associada às crescentes preocupações sobre o aumento de casos covid-19, mas compensado pelo apoio decorrente da antecipação de desaceleração da produção nos principais países produtores. “Quanto aos óleos de soja e canola, os preços recuaram moderadamente, amortecidos pelo racionamento da demanda. Enquanto isso, os valores mais baixos do petróleo também pesaram sobre os preços dos óleos vegetais”, informou a FAO.

Na sondagem mensal da FAO, o subíndice de preços das Carnes apresentou média de 109,8 pontos em novembro, queda de 1,0 ponto (0,9%) em relação a outubro, marcando a quarta queda mensal, embora 16,5 pontos (17,6%) acima do verificado em novembro do ano passado. Conforme a FAO, as cotações da carne suína caíram pelo quinto mês consecutivo, principalmente por causa da redução nas compras da China. “Os preços da carne bovina permaneceram estáveis, já que a queda nas cotações da carne do Brasil foi compensada pelos maiores valores de exportação australiana, refletindo as baixas vendas de gado para abate em meio à alta demanda de recomposição do rebanho”, destacou a entidade.

As cotações internacionais das carnes de ovinos também caíram acentuadamente com o aumento da oferta de exportação, principalmente da Austrália. Já os preços da carne de frango ficaram estáveis, uma vez que os suprimentos globais pareciam adequados para atender à demanda, apesar das restrições do lado da oferta, especialmente escassez de contêineres e gripe aviária na Europa e na Ásia, explicou a FAO.

O subíndice de preços de Laticínios, por sua vez, registrou média de 125,5 pontos em novembro, alta de 4,1 pontos (3,4%) em relação a outubro. A média é também 20,2 pontos superior ao observado em igual mês do ano passado (19,1%). Em novembro, as cotações da manteiga e do leite em pó subiram acentuadamente pelo terceiro mês consecutivo, segundo a FAO. “A forte demanda de importação persistiu em meio aos esforços dos compradores para garantir o fornecimento local em antecipação ao aperto dos mercados, adicionando ainda mais pressão de alta sobre os preços, apesar da incerteza do mercado sobre a demanda em virtude do aumento das restrições sociais relacionadas à covid-19”, informou a organização. Enquanto isso, os preços dos queijos aumentaram ligeiramente, refletindo a demanda e atrasos no embarque que prejudicaram as vendas de fornecedores globais.

A FAO calculou, ainda, que o subíndice de preços do Açúcar ficou, em média, em 120,7 pontos em novembro, alta de 1,6 pontos (1,4%) em relação a outubro, revertendo a queda do mês anterior. O valor ainda é 40% acima do observado no mesmo período de 2020. A alta reflete principalmente o aumento dos preços do etanol, que incentivou um maior uso da cana-de-açúcar para a produção de biocombustível no Brasil, maior exportador mundial de açúcar. “Os preços também foram sustentados pela maior demanda global de importação, em virtude dos menores custos de frete”, ressaltou a FAO. De maneira geral, porém, a pressão altista sobre os preços mundiais do açúcar foi limitada pelos grandes embarques da Índia e pelas perspectivas positivas para as exportações do adoçante da Tailândia.

19/01/2022 às 07h04

Abate de bovinos chega ao menor nível desde 2015 em Mato Grosso

A quantidade de animais abatidos em 2021 totalizou 4,71 milhões de cabeças em Mato Grosso, volume que não é observado desde o ano de 2015, –

Leia Mais
18/01/2022 às 14h01

Comercialização da safra 21/22 de milho tem aumento expressivo em MT

De acordo com o Instituto Mato-grossense de Economia Agrícola, a safra 20/21 apresentou um avanço de 2,56 p.p. ante novembro/21 e totalizou 97,62% da produção –

Leia Mais
18/01/2022 às 09h04

Milho: oferta dos EUA deve atingir 415 mi de toneladas, diz Safras

A oferta total de milho dos Estados Unidos pode atingir 415,9 milhões de toneladas na temporada 2021/22, segundo estimativas da Safras & Mercado, tendo como –

Leia Mais
18/01/2022 às 07h01

Plantio de milho atinge 1,57% em Mato Grosso, diz Imea

A semeadura da safra de milho 2021/22 de Mato Grosso atingiu 1,57%, conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), com número obtido até 14 –

Leia Mais
17/01/2022 às 17h01

Milho é negociado acima dos R$ 100/sc em algumas praças, aponta Cepea

Em algumas praças acompanhadas pelo Cepea, a saca de 60 kg do milho já vem sendo negociada acima de R$ 100, como é caso de –

Leia Mais
17/01/2022 às 15h03

Após forte queda, preço do ovo reage na 2ª semana do mês

Os preços dos ovos comerciais apresentaram reajustes positivos na segunda semana de janeiro, recuperando apenas parte das intensas perdas verificadas no início do ano, quando –

Leia Mais
17/01/2022 às 11h02

Influenza aviária: vírus é encontrado em marreco selvagem na Carolina do Sul, nos EUA

Um vírus altamente patogênico de influenza aviária foi encontrado em um marreco selvagem no condado de Colleton, na Carolina do Sul, informou o Departamento de –

Leia Mais
15/01/2022 às 16h01

Demanda fraca pressiona cotações do frango, aponta Cepea

Os preços do frango inteiro estão em queda neste começo de janeiro na maior parte das regiões acompanhadas pelo Cepea. Segundo pesquisadores, a pressão vem –

Leia Mais
15/01/2022 às 12h01

Falta de chuvas atrasa plantio de milho na Argentina

O plantio de milho da safra 2021/22 atinge 86,4% da área na Argentina. Segundo a Bolsa de Cereais de Buenos Aires, a superfície é projetada –

Leia Mais
14/01/2022 às 08h02

BRF cria joint venture com fundo da Arábia Saudita para produção de frangos

A BRF anunciou a criação de uma joint venture com o fundo soberano da Arábia Saudita, PIF (Public Investment Fund), para a produção de frango –

Leia Mais