31 de maio de 2021 às 10h45

Livre de aftosa, Paraná pode acessar mercados que pagam até 50% mais

O reconhecimento internacional como área livre de febre aftosa sem vacinação coloca o Paraná em um outro patamar, que permite acessar mercados que pagam mais pelos produtos com essa chancela de qualidade. Segundo a Federação da Agricultura do Paraná (Faep), o novo status sanitário, mesmo tendo relação direta com o plantel bovino, permite o acesso aos mercados considerados mais ‘nobres’, que pagam mais pelo quilo da carne suína brasileira.

Usando como referência o preço pago por quilo de suíno exportado de Santa Catarina para o Japão, um mercado nobre, e para outros países da chamada Lista Aberta, como Chile e China, é possível notar a diferença. Os japoneses pagam até 50% a mais .

“O mais difícil é abrir os mercados”, lembra Enori Barbieri, vice-presidente da Federação da Agricultura e Pecuária de Santa Catarina (Faesc). “Tem que conquistar os países compradores. Os mercados demoraram para abrir. Os primeiros apenas em 2012, cinco anos após a conquista da certificação”, complementa.

Além de valorizar a produção, a expansão do mercado por si só é extremamente positiva neste momento, de modo que vem animando os agentes da cadeia da suinocultura. “O Paraná estava fora de 65% do mercado mundial de carne suína porque vacinava o seu rebanho bovino. Agora poderemos acessar todos esses mercados”, diz Valter Vanzella, presidente da cooperativa Frimesa,

Atualmente, a Frimesa exporta 20% da sua produção para os países da Lista Aberta, como Hong Kong, Angola, Vietnã e Uruguai, que aceitam o produto de regiões com vacinação. “Hoje, o Brasil está exportando como nunca, mas os preços entre um mercado e outro são bem diferentes”, observa Vanzella.

O dirigente da Frimesa sabe que o ingresso nestes mercados também não se dará automaticamente. “Alguém já está fornecendo para eles, então não vamos simplesmente anunciar e vender. Vai ser uma luta”, pondera.

A expectativa do presidente da Associação Paranaense de Suinocultores (APS), Jacir Dariva, também é grande, a ponto de que, futuramente, o mercado internacional absorva quase a totalidade da produção paranaense. “Não é tanto a questão financeira, mas o leque de novos mercados que vai se abrir. Como estamos expandindo a produção no Paraná, precisamos de mercados que comprem”, revela.

Status livre de aftosa é bom para o boi no Paraná?

Apesar da importância estratégica desta cadeia no processo de certificação internacional do estado, trata-se de um setor que não deve colher imediatamente os frutos dessa conquista. “A principal consequência desse status sanitário não é para o bovino de corte, mas para os suínos, e ajuda outros setores também, seja aves ou grãos”, observa o produtor Rodolpho Botelho, presidente da Comissão Técnica de Bovinocultura de Corte da Faep e do Sindicato Rural de Guarapuava.

“O Paraná nunca vai ser grande produtor de boi gordo, isso em função do seu tamanho que é apenas 2,3% do território nacional. Não tem como competir com outros estados. Temos que trabalhar com carnes diferenciadas, nichos específicos, para agregar valor à nossa produção”, observa o dirigente.

11/08/2021 às 17h32

Abate de bovinos na Argentina cai 14,3% em julho

Em julho de 2021, a indústria argentina de processamento de carnes abateu 1,06 milhão de cabeças de gado, queda de 4,1% em relação ao mês –

Leia Mais
11/08/2021 às 13h45

Produção de carne angus cresce 18,5% no primeiro semestre

A produção de carne bovina da raça angus acumula um crescimento de 18,5% no primeiro semestre de 2021, atingindo 12,858 mil toneladas, segundo dados divulgados –

Leia Mais
10/08/2021 às 16h10

Peste suína: comitê reúne 22 organizações da América Latina para discutir estratégias contra doença

Com objetivo de debater estratégias para a prevenção da Peste Suína Africana na América Latina, a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e outras 21 –

Leia Mais
09/08/2021 às 19h51

Boi gordo: aumento na oferta de animais começa a reduzir ociosidade nas indústrias no RS

Por causa da entressafra, redução no consumo e entrada de carne de outros estados, os frigoríficos do Rio Grande do Sul estão abatendo 40% abaixo –

Leia Mais
09/08/2021 às 19h02

Carne bovina: Brasil exporta 57,7 mil toneladas na 1ª semana de agosto

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 320,2665 milhões em agosto (5 dias úteis), com média diária de US$ –

Leia Mais
09/08/2021 às 17h58

Programa vai apoiar 100 pecuaristas na produção sustentável de bezerros no Pantanal

Um programa de produção sustentável de bezerros vai apoiar 100 pecuaristas do bioma Pantanal em Mato Grosso na transição de propriedades com produção de baixa –

Leia Mais
09/08/2021 às 15h04

Embrapa cria sistema capaz de verificar o nível de estresse dos animais

A internet das coisas começou a chegar no campo. A Embrapa já está aplicando um estudo com uma tecnologia que vai ser capaz de verificar –

Leia Mais
09/08/2021 às 13h32

Exportação de carne bovina brasileira deve recuar 1,8% em 2021

O Brasil deverá exportar 2,901 milhões de toneladas de carne bovina em 2021, recuando 1,8% frente ao ano anterior, de 2,955 milhões de toneladas, segundo –

Leia Mais
09/08/2021 às 12h02

BRF investe R$ 171 milhões para modernizar e ampliar unidades no RS

A BRF informou que vai investir R$ 171 milhões este ano na ampliação e modernização da sua operação no Rio Grande do Sul. O anúncio –

Leia Mais
09/08/2021 às 08h32

Empresa brasileira lança suplemento alimentar para abelhas

A Védera Nutrição Animal está lançando no mercado nacional um suplemento alimentar para abelhas, chamado Melero. A justificativa da empresa é que a produção de –

Leia Mais