30 de julho de 2021 às 14h49

Ministério apresenta plano de vigilância contra 3 doenças da suinocultura

O ministério da Agricultura (Mapa) divulgou, nesta sexta-feira, 30, o Plano Integrado de Vigilância de Doenças dos Suínos que visa fortalecer a capacidade de detecção precoce de casos de Peste Suína Clássica (PSC), Peste Suína Africana (PSA) e a Síndrome Reprodutiva e Respiratória dos Suínos (PRRS), bem como demonstrar a ausência das doenças em suínos domésticos.

O plano revisa a Norma Interna 05/2009 e a Norma Interna 03/2014, publicadas pelo Departamento de Saúde Animal da Secretaria de Defesa Agropecuária do Mapa, para a vigilância de PSC, ampliando o escopo de doenças-alvo para a PSA e a PRRS e redefinindo os componentes do sistema como vigilância sorológica baseada em risco, inspeções em estabelecimentos de criação, investigação dos casos suspeitos, inspeção em abatedouros e vigilância sorológica em suínos asselvajados.

Atualmente, o Brasil é o quarto maior produtor mundial de carne suína, com um rebanho de mais de 40 milhões de suínos. Cerca de 80% dessa produção abastecem o mercado nacional.

“A suinocultura brasileira possui condição sanitária bastante favorável por ser considerada livre de doenças economicamente muito importantes que ocorrem em várias partes do mundo”, destaca o chefe da Divisão de Sanidade dos Suídeos, Guilherme Takeda. A manutenção desta condição sanitária no Brasil garante menores custos de produção e vantagem competitiva no acesso a mercados internacionais.

O Plano Integrado de Vigilância de Doenças de Suínos foi desenvolvido pelo Departamento de Saúde Animal, com participação do Serviço Veterinário Oficial dos estados (SFAs e OESAs) e dos setores da iniciativa privada, representando o compromisso em manter e melhorar a vigilância animal implantada no Brasil e proteger a suinocultura nacional.

“O Plano foi construído a partir de um esforço conjunto e compartilhado entre os vários setores e segmentos que atuam no campo da produção e sanidade dos suínos, e sua implantação e execução exige o reforço desse compromisso. A vigilância envolve ações contínuas e conjuntas de responsabilidade dos setores público e privado”, reforça o diretor do Departamento de Saúde Animal, Geraldo Moraes.

Peste Suína Clássica

A PSC é uma doença que acomete suínos domésticos e asselvajados. É obrigatória a notificação imediata ao serviço veterinário oficial de qualquer caso suspeito.

O vírus é encontrado nas secreções e excreções do animal infectado e pode ser transmitido pelas vias direta (contato entre animais, aerossóis e suas secreções e excreções, sangue e sêmen) ou indireta (água, alimentos, fômites, trânsito de pessoas, equipamentos, materiais, veículos, vestuários, produtos, alimentos de origem animal), entrando no organismo por via oral e oro-nasal.

Atualmente, cerca de 83% do rebanho suíno brasileiro encontram-se em zona livre (ZL) de PSC.

A condição zoossanitária da doença no Brasil, reconhecida pela Organização Mundial da Saúde Animal (OIE), é constituída por três Zonas Livres: uma constituída pelos estados do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina; outra pelos seguintes estados: Acre, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo, Sergipe, Tocantins e os municípios de Guajará, Boca do Acre, sul do município de Canutama e sudoeste do município de Lábrea, pertencentes ao estado do Amazonas; e a terceira formada pelo estado do Paraná.

A zona não Livre (ZnL) é formada por Alagoas, Amapá, Amazonas (exceto região pertencente à ZL), Ceará, Maranhão, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Roraima.

Peste Suína Africana

A PSA também é uma doença de notificação imediata ao serviço veterinário oficial de qualquer caso suspeito. A doença foi introduzida no Brasil em 1978 no estado do Rio de Janeiro. As investigações realizadas à época revelaram que os suínos do estabelecimento caracterizado como foco índice se infectaram pela ingestão de sobras de comida servida a bordo de aviões procedentes de Portugal e da Espanha, países onde se propagava a doença.

A última ocorrência de PSA no Brasil foi registrada no estado de Pernambuco, em novembro de 1981, e as medidas aplicadas pelo SVO brasileiro permitiram a erradicação da doença em todo o território e a declaração do Brasil como país livre de PSA em 1984.

Desde 2018, a PSA ingressou e se dispersou amplamente nos continentes asiático e europeu. No dia 29 de julho de 2021, foi confirmada a ocorrência da PSA na República Dominicana, ingressando nas Américas. O Mapa, os órgãos estaduais de Sanidade Agropecuária (OESA) e os setores privados da suinocultura têm desenvolvido e reforçado ações que evitem o ingresso da PSA no Brasil e que possam mitigar os impactos econômicos e sociais no caso de introdução da doença.

Síndrome Reprodutiva e Respiratória

A doença nunca foi registrada no Brasil. Dessa forma, qualquer caso suspeito é de notificação obrigatória e imediata ao serviço veterinário oficial. A PRRS causa alta mortalidade em suínos recém-nascidos e desmamados, baixa taxa de concepção em rebanhos de reprodutores, aumento na taxa de aborto, natimortos e nascimento de leitões fracos, acarretando enormes perdas econômicas aos produtores.

Pela experiência de países com suinocultura altamente especializada nas quais houve entrada da doença, foram notadas características muito preocupantes da PRRS, como alta taxa de difusão, falta de vacinas eficientes e incapacidade de medidas estritas de biosseguridade em evitar a infecção de granjas livres. O vírus da PRRS já foi identificado em importantes países produtores de suínos, sendo endêmico em vários deles.

14/05/2021 às 10h59

Suínos: entidades pedem ao governo isenção de PIS/Cofins para milho importado

Nesta quinta-feira, 13, a Associação Brasileira dos Criadores de Suínos (ABCS) com o apoio das doze entidades estaduais afiliadas, encaminhou um ofício a ministra da –

Leia Mais
14/05/2021 às 08h31

Com demanda fraca, preço da carne bovina segue recuando em São Paulo

O mercado físico do boi gordo segue sem grandes oscilações, a exemplo do início da semana. A oferta restrita do animal é contrabalanceada pela demanda –

Leia Mais
14/05/2021 às 07h01

Milho: colheita atinge 85% da área no Rio Grande do Sul

A colheita do milho atinge 85% da área no Rio Grande do Sul, com avanço semanal de 1 ponto percentual. Em igual período da safra –

Leia Mais
13/05/2021 às 15h01

Boi: diferença entre preço da arroba e carne diminui em SP

Enquanto os valores da arroba do boi gordo se enfraqueceram levemente nestas primeiras semanas de maio, os preços da carcaça casada bovina – negociada no –

Leia Mais
13/05/2021 às 13h01

Suínos: preço do animal vivo e da carne enfraquecem, diz Cepea

Diferentemente do esperado por agentes do setor consultados pelo Cepea, os preços da carne suína e do animal vivo estão em queda nesta primeira quinzena –

Leia Mais
13/05/2021 às 10h05

BRF reverte prejuízo e anota lucro líquido de R$ 22 milhões no 1º trimestre

A BRF registrou lucro líquido de R$ 22 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 38 milhões reportado no primeiro trimestre –

Leia Mais
13/05/2021 às 08h01

Boi gordo: oferta de pasto continua reduzida nas maiores regiões produtoras

Mais um dia de estabilidade no mercado físico de boi gordo. A oferta de pasto continua a se reduzir nas maiores regiões produtoras do país, –

Leia Mais
13/05/2021 às 07h01

BRF reverte prejuízo e tem lucro líquido de R$ 22 mi no 1º trimestre

A BRF reportou um lucro líquido das operações continuadas de R$ 22 milhões no primeiro trimestre de 2021, revertendo o prejuízo de R$ 38 milhões –

Leia Mais
12/05/2021 às 18h10

Mercado do boi gordo deve ter preços baixos até junho, diz Safras

O mercado físico de boi gordo registrou preços mistos nesta quarta-feira, 12. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, o viés segue –

Leia Mais
12/05/2021 às 11h00

Carne de frango: Arábia Saudita quer reduzir prazo de validade para apenas 3 meses

A Arábia Saudita pretende reduzir o prazo de validade (shelf life) da carne de frango in natura comercializada no país, de um ano para três –

Leia Mais