24 de maio de 2021 às 15h10

Setor de proteína animal pede que governo atue para baratear importação de grãos

O setor de proteína animal está muito preocupado com a alta dos custos de produção, consequência direta da valorização do milho e do farelo de soja, que representam 70% dos gastos. Agora, em documento enviado ao governo federal, os criadores de aves e suínos pedem socorro.

A Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) lembra que, no começo da pandemia, esses produtores foram “convocados a garantir o abastecimento”. Segundo a entidade, os criadores cumpriram com o pedido.

“Foram investidos bilhões em todo o setor produtivo, com o compromisso de não apenas produzir, como também ampliar a oferta de alimentos para a nossa população – e aumentamos em todas as proteínas, seja em aves (6,5% de alta), suínos (5,5%) ou ovos (9,1%)”, diz.

Segundo a ABPA, em meio à pandemia, houve muita especulação no agronegócio o que levou o milho a subir 100% em diversas praças consumidoras do país. No caso da soja, as elevações acumularam mais de 60% em relação ao mesmo período de 2020. “Essas altas se adicionam a outras, como o diesel (30%), a embalagem de papelão (60%) e as embalagens rígidas e flexíveis (80%)”, destaca,

Em 12 meses, conforme o monitoramento feito pelo Índice de Custos de Produção (ICP) da Embrapa Suínos e Aves mais recente, produzir frango está 39,79% mais caro em relação a abril de 2020 – que já era um momento de forte alta de custos. O mesmo ocorre com o setor de suínos, com alta de 44,5%.

A ABPA destaca que os efeitos desse movimento já alcançam o consumidor, de acordo com o Índice de Preços ao Consumidor Amplo (ICPA) do IBGE. “O consequente e inevitável repasse ao consumidor já está nas gôndolas, mas em patamares que ainda não alcançam os níveis de custos”, pontua.

De acordo com a entidade, a carne de aves, de suínos e ovos que hoje estão com preços mais elevados foram produzidos utilizando grãos adquiridos em 2020 – quando os valores por tonelada eram menores. “Por isto, novas elevações de preços deverão alcançar a população brasileira nos próximos meses, em um momento crítico para a renda e para a segurança alimentar de nosso país”.

Medidas para ajudar os criadores de suínos e aves

A ABPA diz ter solicitado ao governo federal medidas para que o setor de proteína animal do Brasil tenha igualdade de competição pelos insumos em relação ao mercado internacional. Isso evitaria, nas palavras da entidade, “a desindustrialização e a perda de postos de trabalhos, especialmente em cidades no interior do país”.

Ao mesmo tempo, as representações buscam a redução da desigualdade de condições que existem entre importar e exportar os grãos. “Hoje é muito mais fácil embarcar grãos para o exterior do que importar”.

As medidas solicitadas pela ABPA ao governo foram:

  • Viabilização emergencial das importações de milho e de soja estritamente para uso em ração animal. Hoje há desoneração de tarifa para esta importação, mas não há viabilização técnica;
  • Suspensão do imposto Adicional ao Frete para Renovação da Marinha Mercante (AFRMM) sobre a importação desses insumos de países não-integrantes do Mercosul;
  • Suspensão temporária de cobrança de PIS/Cofins para importações provenientes de países extra-Mercosul, para empresas que não conseguem realizar drawback;
  • Suspensão temporária de cobrança de PIS/Cofins sobre os fretes realizados no mercado interno;
  • Criação de sistema oficial de informação antecipada sobre exportações futuras de grãos, assim como ocorre em outros países, para dar mais transparência ao mercado de insumos, evitando situações especulativas como a atual;
  • Financiamento para construção de armazéns e realização de armazenagem para os produtos, dando mais estabilidade ao mercado;
  • Políticas de incentivo de plantio de milho e de cereais de inverno no Brasil.
03/06/2021 às 20h02

Leite: preço pago produtor cresce 28% em Mato Grosso do Sul

O preço do litro de leite pago ao produtor rural de Mato Grosso do Sul, no período de doze meses, apresentou expressivo aumento de 28%, –

Leia Mais
03/06/2021 às 17h42

Preço do suíno sobe no início de junho com oferta limitada

O preço do suíno vivo negociado no mercado independente (proveniente de produtores não integrados a alguma agroindústria) voltou a subir entre o fim de maio –

Leia Mais
03/06/2021 às 13h02

Espírito Santo: vacinação contra a febre aftosa vai até o dia 15 de junho

A primeira etapa de vacinação contra a febre aftosa foi prorrogada pelo Ministério da Agricultura até o dia 15 de junho, com comprovação até o –

Leia Mais
03/06/2021 às 09h01

Boi gordo tem mercado físico firme e futuro em queda

O mercado físico de boi gordo paulista segue sendo testado, com preços firmes e produtores aumentando as pedidas, os negócios acontecem próximo dos R$ 312 –

Leia Mais
02/06/2021 às 18h06

Feriado impacta no mercado do boi gordo e preços sobem

O mercado físico de boi gordo registrou preços de estáveis a mais altos nesta quarta-feira. “O feriado de Corpus Christi tende a quebrar o ritmo –

Leia Mais
02/06/2021 às 15h32

Milho: chuva em Dourados (MS) deve amenizar perdas na safrinha

As chuvas de bom volume registradas na última semana em Dourados, no sul de Mato Grosso do Sul, variando entre 30 e 70 milímetros, devem –

Leia Mais
01/06/2021 às 18h45

Boi gordo: oferta restrita vai manter preço da arroba em alta, diz Safras

O mercado físico de boi gordo segue com preços firmes. “O ambiente de negócios ainda sugere pela continuidade do movimento de alta, considerando o quadro –

Leia Mais
01/06/2021 às 17h32

Milho: exportações brasileiras recuam em maio

As exportações de milho do Brasil apresentaram receita de US$ 4,420 milhões em maio (21 dias úteis), com média diária de US$ 210,5 mil. A –

Leia Mais
01/06/2021 às 17h01

Brasil exporta 126 mil toneladas de carne bovina em maio

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 625,397 milhões em maio (21 dias úteis), com média diária de US$ –

Leia Mais
01/06/2021 às 13h05

Paralisação da comercialização de carnes na Argentina completa 13 dias

A paralisação da comercialização da carne continua com total cumprimento pelos fazendeiros no campo, chegando a 13 dias sem renda no Mercado Liniers, em meio –

Leia Mais