06 de maio de 2021 às 12h31

Evitar síndromes pós-parto é essencial para garantir leitegadas saudáveis

Muitos cuidados devem ser tomados nos momentos que antecedem o nascimento dos leitões. De acordo com o extensionista Rangel Hertzog, entre os processos podemos destacar a limpeza das matrizes para retirada da matéria orgânica. “Assim, levamos elas limpas e desinfetadas para a maternidade. A lavagem das fêmeas sempre deve ser feita com água corrente e sem muita pressão para não machucar ou resultar em problemas”, explica. 

Manejo pré-parto não pode apresentar falhas

Se o manejo for feito em baias coletivas, quando as matrizes estão juntas, os produtores devem agrupar as fêmeas tomando todos os cuidados para evitar brigas entre elas, o que poderia causar problemas no parto e até filhotes natimortos em casos mais graves. No caso das baias individuais,  será feito um agrupamento para realização da limpeza. “Transferimos as matrizes de três a quatro dias antes do parto: não muito antes, para não contaminar a sala de parto, e nem muito depois, para não haver riscos de ocorrência do parto em um ambiente que não seja adequado. Quando elas estiverem na sala de parto, faremos uma climatização no ambiente para que tudo transcorra da melhor forma possível e tenhamos o maior número de nascidos vivos”, diz Rangel. 

Antes do parto, as fêmeas têm um comportamento agitado e mordem a baia, por exemplo. Doze horas antes do parto, começam a liberar leite em gotas. Seis horas antes, começam a liberar em jato, como explica o extensionista Evandro Moretti. “É um sinal de que ela vai iniciar o parto logo. Temos que ter à disposição uma mangueira em água corrente para fazer a limpeza posterior e também qualquer outra limpeza que venha a ser necessária no momento do parto”. 

Redução da produção ou ausência de leite

Falhas nos procedimentos préparto podem resultar em síndromes pós-parto. São quadros que apresentam diferentes sintomas e graus de severidade. O Complexo Mamite-Metrite-Agalaxia, conhecido como corrimento vulvar ou febre do leite, é o problema mais comum. Costuma ter início de 1 a 3 dias após o parto. Ocorre febre e corrimento com presença de pus, normalmente amarelo escuro e com mau cheiro, observado principalmente na amamentação. Também ocorre redução na produção de leite, a chamada agalaxia. Os leitões ficam com fome, fracos, e impacientes pela baia, fuçando as fezes da mãe na procura por comida. A mortalidade pode atingir 100% de uma leitegada. 

Palavra do especialista

De acordo com o médico-veterinário Gefferson Silva, alguns distúrbios são resultados dos desafios que os animais enfrentam na fase pós-parto. As síndromes de mamite, metrite e agalaxia são assim chamadas porque envolvem várias partes. “Estamos falando principalmente do trato reprodutivo, mas também do acometimento do aparelho mamário. A hipogalaxia é a diminuição da produção de leite, enquanto a agalaxia é a ausência de produção. Precisamos trabalhar bem as fêmeas para que elas cheguem em boas condições à maternidade. O parto é uma atividade física extrema, que demanda energia e gera stress. Se nos pós-parto houver fatores de risco, como falta de higiene, o stress vai trazer problemas para o animal, como infecção uterina ou infecção da glândula mamária”, alerta.

Ainda de acordo com Gefferson, observar o comportamento da fêmea e da leitegada é essencial. O principal diagnóstico para a síndrome pós-parto é clínico. “Inicialmente, a fêmea fica apática, não levanta para comer, diminui a ingestão de água. Vemos o reflexo no leitões, que não ganham peso, ficam arrepiados, perdem mamada. A fêmea pode deitar em cima do aparelho mamário, porque não quer amamentar. É necessário avaliar a temperatura corporal 24 horas após o parto para identificar o problema no início”, ressalta.  

Fêmeas mais jovens, mais gordas e que têm partos muito prolongados têm maior disposição para desenvolver os problemas. Para tratar, é preciso investir em antibiótico e antiinflamatório. “Estamos falando de problemas relativamente comuns, que acometem entre 5% e 15% dos animais dentro do sistema de produção e aumentam no verão, quando o desafio é maior. O segredo do sucesso para esse tipo de síndrome é a identificação e o tratamento precoces”, destaca Gefferson.

Gostou desse tema ou quer ver outro assunto relacionado à suinocultura? Envie sua sugestão para ligados@canalrural.com.br ou para o número de WhatsApp (11) 97571 3819

13/07/2021 às 12h00

Carnes: executivos da Marfrig se reúnem com o presidente do Uruguai

A Marfrig informou que o presidente do Conselho de Administração da empresa, Marcos Molina, e outros executivos da companhia se reuniram em junho com o –

Leia Mais
13/07/2021 às 11h31

Carne bovina: exportação do MT recua 6,44% no semestre

No acumulado semestral, Mato Grosso seguiu com as exportações 6,44% abaixo do que foi registrado em 2020, mas ainda manteve a segunda colocação quanto ao –

Leia Mais
12/07/2021 às 19h31

Carne bovina: valor as exportações diárias cresce 35%

As exportações de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada do Brasil renderam US$ 283,86 milhões em julho (7 dias úteis), com média diária de US$ –

Leia Mais
12/07/2021 às 18h10

Valor do boi gordo recua até R$ 3 em Minas Gerais

O mercado físico de boi gordo registrou preços predominantemente mais baixos nesta segunda-feira, 12. Segundo o analista de Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, os –

Leia Mais
12/07/2021 às 14h05

Carnes: USDA quer investir US$ 500 mi para expandir capacidade de processamento

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) pretende investir US$ 500 milhões para expandir o setor de processamento de carnes do país, anunciou a –

Leia Mais
11/07/2021 às 14h08

Carne suína: exportações dos EUA para a China somam 16,6 mil t em junho

Relatório de exportação semanal do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) mostrou que a China comprou 16,609 mil toneladas de carne suína na semana –

Leia Mais
11/07/2021 às 13h02

Vaca produz 190 mil kg de leite e se torna a maior produtora vitalícia da América Latina

Rhoelandt 372. Esse é o nome da vaca da raça holandesa que produziu mais de 190 mil quilos de leite na sua vida produtiva durante –

Leia Mais
10/07/2021 às 13h36

Sistema da Embrapa permite neutralizar emissões de carbono em áreas de pasto

Um estudo realizado pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) mensurou o ônus e o bônus de emissão de carbono de bovinos em pasto, identificando –

Leia Mais
09/07/2021 às 18h15

Com lentidão nas vendas, valores do boi gordo mantêm estabilidade

O mercado físico de boi gordo registrou preços estáveis nesta sexta-feira, 9. Segundo o analista de Safras & Mercado Fernando Henrique Iglesias, a semana terminou –

Leia Mais
09/07/2021 às 14h13

Conheça o programa que promete trazer competitividade ao setor de leite no Brasil

Da porteira para dentro, muita dedicação e esforço na produção de leite. Mas, sem uma estrutura organizada do lado de fora, o trabalho pode ser –

Leia Mais