PREÇOS

IGP-DI tem inflação de 0,06% em janeiro; carne bovina cai 1,82%

Indicador registou a menor taxa interanual desde setembro de 2019, quando acumulava alta de 3%

Por Agência Safras
07 de fevereiro de 2023 às 09h53

O Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) teve inflação de 0,06% em janeiro. O termômetro CMA previa alta de 0,33%. No mês anterior, a taxa havia sido de 0,31%. Com este resultado, o índice acumula alta de 3,01% em 12 meses. Em janeiro de 2022, o índice havia subido 2,01% e acumulava elevação de 16,71% em 12 meses.

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O IGP-DI registou a menor taxa interanual desde setembro de 2019, quando acumulava alta de 3%. A principal contribuição para a desaceleração do IGP-DI partiu da inflação ao produtor que, nesta edição, acumula alta 1,89% em 12 meses, a menor desde março de 2018, quando caíra 0,48%. “Commodities importantes registraram queda expressiva ao produtor, com destaque para carne bovina (de -0,44% para -1,82%) e aves (de -2,26% para -3,36%)”, afirma André Braz, coordenador dos índices de preços da Fundação Getulio Vargas (FGV).

O Índice de Preços ao Produtor Amplo (IPA) caiu 0,19% em janeiro. No mês anterior, o índice havia apresentado taxa de 0,32%. Na análise por estágios de processamento, a taxa do grupo bens finais variou de -0,33% em dezembro para -0,04% em janeiro. O principal responsável pela queda menos intensa foi o item alimentos processados, cuja taxa passou de -0,76% para -0,47%. A divisão de bens finais (ex), que resulta da exclusão de alimentos in natura e combustíveis para o consumo, variou 0,15% em janeiro, contra queda de 0,19% em dezembro.

Outros indicadores da inflação

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Foto: Agência Brasil

A taxa do grupo bens intermediários passou de -0,83% em dezembro para -1,19% em janeiro. O principal responsável por este recuo foi o subgrupo materiais e componentes para a manufatura, cuja taxa passou de 0,39% para -0,21%. O índice de bens intermediários (ex), calculado após a exclusão de combustíveis e lubrificantes para a produção, caiu 0,60% em janeiro, ante queda de 0,06% no mês anterior.

O estágio das matérias-primas brutas variou 0,79% em janeiro, após subir 2,28% em dezembro. Contribuíram para este movimento os seguintes itens:

  • Minério de ferro (16,75% para 7,05%);
  • Bovinos (2,57% para -1,08%); e
  • Café em grão (5,19% para 0,92%).

Em sentido oposto, vale citar, leite in natura (-4,58% para 0,03%), soja em grão (-2,08% para -1,53%) e milho em grão (-0,33% para 0,79%).

O Índice de Preços ao Consumidor (IPC) subiu 0,80% em janeiro, após variar 0,35% em dezembro. Três das oito classes de despesa componentes do índice registraram acréscimo em suas taxas de variação: educação, leitura e recreação (-0,07% para 3,28%); transportes (-0,07% para 0,92%); e despesas diversas (0,03% para 0,97%). Nestas classes de despesa, vale mencionar o comportamento dos seguintes itens: cursos formais (0,00% para 7,45%), gasolina (-1,21% para 1,12%) e serviços bancários (0,00% para 1,26%).

Em contrapartida, os grupos alimentação (0,73% para 0,48%), vestuário (0,87% para -0,08%), saúde e cuidados pessoais (0,55% para 0,42%), habitação (0,31% para 0,26%) e comunicação (0,74% para 0,73%) apresentaram decréscimo em suas taxas de variação. Estas classes de despesa foram influenciadas pelos seguintes itens:

  • Hortaliças e legumes (5,17% para -0,27%);
  • Roupas (1,09% para -0,20%);
  • Artigos de higiene e cuidado pessoal (0,32% para -0,17%);
  • Aluguel residencial (-0,23% para -1,08%); e
  • Tarifa de telefone celular (0,70% para -0,40%).

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