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Conheça o touro Guardião da Boa Esperança, o mais pesado da Expointer
O touro Guardião da Boa Esperança, da raça limousin, tem 1.330 quilos, e foi eleito o touro mais pesado da 45ª Expointer
Para algumas espécies de animais, ser muito pesado pode causar problemas de saúde. Mas não para bovinos de corte. Para esses, ter alguns quilos a mais pode render títulos. Como é o caso do touro Guardião da Boa Esperança (box 1292), da raça limousin, pertencente à Fazenda Boa Esperança, de Cachoeira do Sul.
Com 1.330 quilos, ele foi eleito, nesta segunda-feira (29), o touro mais pesado da 45ª Expointer.
“Ele se superou, porque no ano passado, ganhou o mesmo título com 1.245 quilos”, contou o proprietário do animal, Edgar Lima.
Nascido em 25 de abril de 2017, o exemplar ainda conquistou o título de Grande Campeão da Raça na Expointer de 2021.
Lima disse que Guardião é filho do reprodutor mais pesado da Expointer de 2017, o touro 3M Batista, de 1.450 quilos, que também tinha conseguido o título no ano anterior, com 1.350 quilos.
“O peso se deve aos cuidados que a gente tem com a alimentação e o manejo. É uma raça muito dócil, aí fica fácil. Porque, quando o animal é arredio, brabo, é mais difícil de engordar”, explicou o proprietário.
Segundo Lima, o touro é alimentado em piquetes três vezes ao dia, com silagem de milho, casca de soja e ração. “Agora, nos últimos dias, ele ficou no estábulo, recebendo alfafa também. Só saía de lá para dar umas caminhadas e pegar um sol”.
Lima esclareceu que, para chegar a esse resultado, o animal é analisado desde o nascimento.
“Aí a gente já vai tratando o terneiro e a mãe com alimentação diferenciada. Depois do desmame, ele é amansado e vai para a cocheira, mas só quando chega na época da exposição. A gente cria esses animais em um sistema semiestabulado, ou seja, prende de noite e solta de dia”.
O médico veterinário da Secretaria da Agricultura, Pecuária e Desenvolvimento Rural (Seapdr), Antônio Valente, que é um dos responsáveis pelo julgamento de admissão dos bovinos de corte na Expointer, explicou que a pesagem dos animais faz parte do julgamento de admissão que é composta ainda pelo exame da arcada dentária, medição do comprimento, altura e do perímetro escrotal (caso dos machos), conferência de tatuagem de cada animal e outros aspectos.
Após passar por essa avaliação, os animais são liberados para participação dos julgamentos.
“Os dados que saem dessa admissão passam a ser uma ferramenta para os jurados que analisam os animais em pista”, esclareceu Valente. O julgamento de admissão é feito em parceria entre o Departamento de Defesa Sanitária Animal da Seapdr e as associações de raças.