A imposição das tarifas pelos Estados Unidos sobre a carne bovina brasileira provocou ajustes rápidos em toda a cadeia produtiva. Pouco mais de um mês após o início do chamado tarifaço, o setor já mostra sinais de adaptação — especialmente entre os produtores que buscam aumentar a eficiência das pastagens por meio das brachiarias híbridas.

FOTO: Reprodução l Wolf Sementes
De acordo com Alex Wolf, CEO da Wolf Sementes, a medida gerou impacto momentâneo no segmento de sementes forrageiras, com redução pontual nos investimentos em reformas de pastagem. Mas, ao contrário do que se esperava, a procura por soluções mais produtivas cresceu.
“O mercado passou por uma adaptação nas últimas semanas, mas não houve queda na demanda. Pelo contrário, notamos um aumento pela necessidade de maior eficiência das pastagens”, explica o executivo.
Apesar da retração nas compras dos Estados Unidos, o Brasil manteve bom desempenho nas exportações de carne bovina, embarcando 295 mil toneladas em agosto. A China segue como principal destino, enquanto México, Rússia e Chile ganharam destaque no ranking. A expansão para novos mercados no Oriente Médio, Sudeste Asiático e Leste Europeu também reforça o otimismo do setor.